terça-feira, 29 de outubro de 2013

Governo sob perigosa situação

O país continua assistindo, em várias capitais e em cidades de populações maiores, situações generalizadas de perigo e de insegurança que inquietam as comunidades. Os tristes espetáculos que os noticiários nos mostram demonstram o descontentamento popular que invade todas as regiões, às vezes com conflitos de consequências malignas, muitas das vezes com manifestações ruidosas.

O país vive em clima de desordem e de generalizadas contestações, onde as minorias atuantes estimulam a maioria das pessoas que se concentram, sobretudo, nas ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, dentre outras capitais. Tudo, porém, revela que uma minoria de indivíduos mascarados, denominados Black Bloc, comandam as atitudes de grupos que se concentram nas ruas.

Fica, no entanto, certa interrogação a respeito da liderança dos mascarados, o que nos leva a meditar: serão esses mascarados uma rede nacional contestatória bem articulada? Ou serão perigosas lideranças, fruto de revoltas e agitações puramente de sentido local? Ou, finalmente, um tipo de agitadores que comandam grupos populacionais contra atitudes momentâneas e isoladas, decorrentes de um mal estar ou revolta contra o estado, devido às coisas reinantes em todo país?

Sou daqueles que acham que predomina esta última hipótese, embora possa haver articulações parciais. Por outro lado, há os que temem o crescimento de uma onda de protestos contra o poder público em todo o Brasil, decorrente das deficiências governamentais na saúde, na educação e no transporte de pessoas e, sobretudo, em face das barreiras burocráticas que se distribuem por todas as portas das repartições governamentais, principalmente as federais.

A burocracia provoca desespero e indignação, pois, o governo não responde e nem explica uma série de decisões com gastos exagerados, além das obras públicas paralisadas e a indisciplina de muitos setores da segurança pública como, por exemplo, as interrupções nas rodovias e as greves do serviço público. 

É triste verificar as deficiências decisórias do governo federal. Tudo, porém, escondido do cenário de informações e dos meios de comunicação, que impedem o povo de saber as duras falhas da administração federal.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Realidade brasileira


Vários episódios dominam a vida política e social do país. Todavia, o que constitui o fato mais grave são as agitações violentas nas grandes cidades, provocando conflitos com a polícia e, às vezes, depredações contra bens particulares e públicos. Verifica-se, ainda, que nas principais cidades do país e, em especial, nas capitais, os episódios de subversão da ordem vêm se multiplicando, como atestam as informações jornalísticas e os noticiários das TVs.

Tais ocorrências representam uma tendência perigosa, que vem sendo sentida pela população, principalmente no que se refere aos reflexos que podem ter no tocante à tranquilidade pública. Tais fatos - lamentáveis e de grande risco - nos revelam que o país está vivendo momentos de falta de autoridade e de deficiências na manutenção da ordem, o que provoca não só o mal-estar da população, mas ainda generalizadas revoltas naqueles que se sentem atingidos por esse ambiente de instabilidade social.

É curioso que esses fatos, que não ocorreram no governo de Lula, e muito menos na época de Fernando Henrique Cardoso, eram constantes no governo do ex-presidente Collor e, em tempos anteriores, no governo de João Goulart.

A Presidência da República e seus principais auxiliares têm o dever de focalizar tais questões que ameaçam a paz pública, reconhecendo-os como obstáculos sérios à normalidade política e social, de modo que possa tudo ser superado em favor do bem-estar em todo o país.

Infelizmente, apesar de as autoridades e lideranças responsáveis terem plena consciência dessas sérias questões, que se multiplicam pelas capitais do país, ao lado das greves e de outros tipos de desordens, o que estamos presenciando é que há uma verdadeira irresponsabilidade dos governantes, procedimento que não pode ter continuidade num país com o progresso já alcançado pelo nosso povo.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Novo quadro político-partidário


Indiscutivelmente, a coligação entre as forças políticas do Governador Eduardo Campos e da ex-senadora Marina Silva constitui acontecimento político de alta repercussão. 

Se fizermos uma análise do que poderá ocorrer no próximo ano, com as eleições presidenciais, chegamos à conclusão de que o importante fato político enfraquece a candidatura da presidente Dilma Rousseff e pouco ou nada afeta a candidatura de Aécio Neves.

O Nordeste e o Norte são áreas que deverão ser afetadas pela união do líder pernambucano com a liderança de Marina Silva somando, assim, poderosos eleitorados que, nas últimas eleições presidenciais, deram grande maioria a Dilma Rousseff, então candidata do PT.

Essa região teve enorme influência do presidente Lula, que transferiu seu poderio político para a presidente Dilma, mas que fica agora abalada com as duas poderosas forças políticas que se unem na região setentrional do país. É uma região em que o candidato do PSDB, nas últimas eleições, perdeu alto, para a candidata Dilma Rousseff. Esta, portanto, é que estará, agora, atingida politicamente numa base que foi majoritária para o PT.

Aécio Neves tem o apoio que cresce a olhos vistos nas regiões central e sul do país, que reúnem estados com pouco acesso às lideranças nordestinas. 

Por essas razões, julgamos que o citado acordo de tanta repercussão entre Eduardo Campos e Marina Silva pouco afetará a candidatura de Aécio Neves, mas afetará fortemente a campanha de Dilma Rousseff.