sexta-feira, 16 de maio de 2014

Governo Federal despreza os municípios

Um dos maiores problemas básicos do país é a situação de seus municípios.
A distribuição do bolo tributário, isto é, as receitas dos entes federados, nos revelam uma injustiça gritante contra os municípios.
De todo o dinheiro arrecadado no Brasil pelo Poder Público, quase 57% são destinados para a União, 25% para os Estados e pouco mais de 18% para os municípios.
E o mais grave é que os municípios são responsáveis pela maior parte do atendimento ao povo, porque, na realidade, é no seu território que o cidadão reside, é o lugar onde ele mora e, logicamente, onde ocorrem as principais exigências sociais de atendimento à população.
O chamado SUS, de fato, é um encargo que recai sobre os municípios, pois, não corresponde às necessidades da nossa saúde, com os hospitais abandonados, sobretudo aqueles que são dos Poderes Públicos ou Fundações ou Associações sem fins lucrativos.
Os noticiários das TVs, a todo o instante, mostram os tristes espetáculos dos hospitais abandonados e da deficientíssima assistência médica e técnica para com os pacientes que buscam socorro.
Na área da educação, os municípios são obrigados a carregarem as responsabilidades, não só deles, mas também as de outras áreas governamentais, sendo que a União pouco faz para ajudá-los.
No setor da segurança pública, os municípios enfrentam os problemas da falta de segurança, que se espalha por todo o país, provocando revoltas pela prática de crimes odiosos que ocorrem em várias comunidades.
Mas também é preciso frisar que na área da agricultura, da tecnologia, dos desportos e em outros campos de ação administrativa, os municípios ficam esquecidos, enfrentando, sozinhos, problemas que são, sobretudo, do Governo Federal.
Todavia, o que mais dificulta as atividades administrativas municipais é a terrível burocracia do Governo Federal, que exige uma série de providências para que recebam as verbas orçamentárias decorrentes da ação do Ministério da Fazenda, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e de outros órgãos financeiros.
Os Prefeitos foram a Brasília em grande número, mas na verdade não estão sendo ouvidos e a Presidência da República e os Ministérios fogem de atendê-los, porque a ineficiência, a ociosidade, a burocratização e mesmo o desrespeito aos Prefeitos e Vereadores são o que predomina nos quadros governamentais da União, dificultando, assim, o bem-estar da população brasileira.

Nenhum comentário: