sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Magna Carta: Início do Constitucionalismo e exemplo de democracia para os países

A Câmara dos Deputados promoveu Sessão Solene, com a presença do Embaixador Britânico no Brasil, Alexander Ellis. Na homenagem ao povo Inglês, a atenção foi voltada para os 800 anos da “Magna Carta”. Esse é o primeiro documento político e Constitucional daquele país. Publicada no reinado de “João sem Terra”, a “Magna Carta” constitui um marco de repercussão em todo o mundo ocidental. Esse rei inglês perdeu plenamente sua autoridade perante a comunidade e foi pressionado pelas lideranças da época para assinar um documento, que na realidade restabelecia as velhas tradições inglesas do rei Eduardo o Confessor.
A “Magna Carta” marca o ano de 1215, sendo assim uma plataforma política, reconhecida pelo rei que assina e aceita os direitos individuais dos cidadãos de serem presos, só depois do julgamento, e ainda, o respeito com as diversas prerrogativas que o cidadão tem no campo privado e público diante do rei. Esse documento transformou-se em outras declarações públicas que somadas foram reveladas como novas formas de direitos para os cidadãos ingleses e sendo exemplo para outros povos. Por volta de 100 anos depois, no reinado de Henrique III sobre a liderança de Simão Belford (seu cunhado e líder de origem francesa, que na prática criam os primeiros momentos do parlamento naquele país) foram convocados os senhores feudais e os barões, ao lado deles, os representantes dos chamados burgos, assim, formaram-se dois grandes Conselhos, conhecidos por “Câmara dos Lordes” e a “Câmara dos Comuns”.
Com essa estrutura constituiu o parlamento Inglês, que até hoje existe com a mesma composição, embora com funções bem diversas, visto que, a “Câmara dos Comuns” se tornou o principal órgão Legislativo do Reino Unido. A Magna Carta é seguida pela chamada “Petição de Direito”, esse é outro momento histórico da vida do povo Inglês, na qual se renova o respeito ao documento e após vem o “Habeas Corpus” e mais tarde a “Declaração de Direitos” (em inglês chamada de Bill of Rights of 1689), neste processo inicia a democracia plena no mundo ocidental, tendo os seus inspiradores como o filósofo inglês, John Locke, que marca com seu pensamento as melhores ideias da vida democrática.
Depois da presença do rei Stuart da Escócia, a Inglaterra vive uma fase curiosa, devido o afastamento do rei Jaime II, quem assume o reino, a coroa inglesa é Jorge I, um alemão chamado pelo parlamento Inglês, por ser descendente dos reis e da Dinastia Inglesa. Na realidade, Jorge I passa a reinar, pelo fato que os reis Guilherme e Maria não tinham filhos e, também, a sucessora Ana não tinha rebentos e assim buscaram na Alemanha um príncipe para assumir o trono Inglês e dar início a uma nova fase na vida da Inglaterra, neste momento, novas práticas foram inclusas no sistema de governar, que transformaram o regime em parlamentarista. O novo modelo consiste, o rei tem um primeiro Ministro Coordenador da Administração, na época, o escolhido foi Roberto de Bruce, nobre de alta expressão.

Na Inglaterra a mudança para o parlamentarismo ocorre em meados dos anos de 1701/1702. E mais tarde vai influir em todos os países da Europa e transforma-se em regime de governo, dessas importantes ações que lideram a vida de todos os povos. A Magna Carta é assim, o início do Constitucionalismo. A implantação de práticas democráticas, que na Inglaterra vão ser realmente concretizadas repercutindo ao longo dos anos como base para a reformulação do Regime Constitucional e, sobretudo da democracia em todo o mundo.

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