Está sendo anunciado que
há nos setores federais uma tendência para acabar com vários municípios do País.
É estranho, mas no Brasil
as constituições, especialmente a atual, destina na tribulação nacional um contingente
baixo de arrecadações para os municípios, impossibilitando-os de realizarem
obras mínimas e serviços para a sua área administrativa.
Do exame da Constituição
Federal verifica-se que a distribuição tributária ou distribuições de rendas,
estabelecem que em todos os impostos que os brasileiros pagam ocorre o
seguinte: 63% vai para os cofres da União, 23% vai para os cofres do Estado e
apenas 14% para os municípios. Há, além disso, alguns programas federais,
sobretudo de saúde, que a União a seu belo prazer distribui para os estados e municípios,
com pouca significação para a vida econômica destes últimos.
Quer dizer, todo problema
das dificuldades dos municípios decorre desta injusta distribuição de rendas,
pois os municípios sofrem de modo geral e não têm condições de manter a sua
existência.
É estranho estes raciocínios
dos tecnocratas de Brasília, baseados nas falhas da Constituição, que concluem como
críticas contra as administrações municipais ignorando a triste realidade das
dificuldades financeiras dos municípios.
É um absurdo esse estado
de coisas, porque é no município que os cidadãos vivem e realizam as suas
atividades, impendido, assim, de ter o apoio maior das prefeituras.
O Governo Federal
praticamente arrecada todo o resultado dos impostos no País, que o diga, por um
exemplo, o Imposto de Renda, onde tudo fica fora de um mínimo que deveria ser
distribuído para os município.
Na verdade, o sistema
constitucional e legal desfavorece os cidadãos brasileiros e deixa sem meios
financeiro os municípios em favor de programas, às vezes absurdos, que implantados
no País inteiro, na realidade, dispersam-se nas gavetas burocráticas e nas
omissões dos serviços públicos ineficientes; e mesmo muitas vezes inadequados.
Há inúmeros casos
estranhos nesses planos financeiros federais, porque, desconhecedores das
situações locais, agem com falhas onde o sistema de água, por exemplo, exige
algumas somas financeiras para eles e o Governo remete verbas para a construção
de estradas desavisadamente.
Mesmo no tocante à saúde,
um hospital necessita de certos tipos de instrumentos técnicos em face de uma
doença, mas recebe verbas que só podem ser aplicadas em outro setor de menor
interesse.
Este é um problema dos
mais graves da área pública administrativa do País, cujos tecnocratas de
Brasília ficam inventando providências totalmente inadequados à vida dos
municípios.
Mas, infelizmente, os
município brasileiros empobrecidos por esta distribuição de renda maldosa e
ineficaz sofrem com o povo dias de duras dificuldades em diversos setores da coletividade.
Há uma necessidade urgente
de todo este comportamento de distribuição de rendas ser alterado, para que o
povo não sofra com as dificuldades dos municípios onde ele vive e busca o seu
desenvolvimento.
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