quarta-feira, 19 de junho de 2013

O povo insatisfeito ocupa as ruas do país

Os movimentos populares ocorridos em várias capitais e cidades brasileiras representam, de forma indiscutível, uma insatisfação generalizada com o poder público do nosso país.

Na realidade, o Poder Executivo, ao nosso ver, em decorrência da Constituição de 1988, ficou com uma série de atribuições que dificultam o funcionamento do Poder Legislativo, com as Medidas Provisórias e omissões do seu funcionamento,  o que dificulta a solução de problemas do povo e das comunidades municipais.  Também a administração federal, com as competências nas áreas tributárias, na saúde, na educação, na agricultura, nos setores sociais, principalmente com os indígenas, não vem revelando atitudes e decisões que tenham a aceitação e o apoio do povo.

Por outro lado, a deficiência da política dos partidos e a falta de autonomia dos Estados e municípios aumenta o ambiente de insatisfação que impede uma série de soluções de interesse social e comunitário.

Verifica-se, assim, que a estrutura do poder público precisa, em nosso país, ser profundamente alterada e somente a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte poderá levar ao povo novas perspectivas de equilíbrio político e social e desenvolvimento econômico, e que possa superar a presença de elementos negativos, como a inflação que vem surgindo no país.

Sem uma proposta de revisão geral da Constituição, com compromisso político de outras diretrizes para o poder público, dificilmente sairemos da grande crise que começa a ameaçar o país.

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