sexta-feira, 29 de maio de 2020

Sérgio Moro sai fora da linha


Nas últimas observações que fiz aqui do jornal, falando do desequilíbrio constitucional existente no país, indiscutivelmente, a atitude descabida e, historicamente desconhecida, é a do ministro Sérgio Moro. Antigo juiz, que soube atingir os seus desafetos como magistrado, agora, dá ao país, ao nosso ver, uma demonstração de desrespeito e indignidade.

Nomeado Ministro da Justiça pelo presidente Bolsonaro, aceitou a incumbência e conseguiu um noticiário expressivo ao seu favor. Juiz, embora transformando em político, no Ministério da Justiça, assume uma posição desvalida e plenamente desrespeitosa, quando rompe com o Presidente da República, se opondo as prerrogativas deste de nomear e designar o seus auxiliares, no caso o Chefe da Polícia Federal. E o mais grave, é que Sérgio Moro, trouxe para o público notícias sigilosas do seu contato com o Presidente, revelando-se um nefasto homem público, porque no Brasil nunca um Ministro de Estado, abandonou o seu cargo noticiando ao povo assuntos sigilosos e internos da suas atividades ministeriais.

Ferindo a Constituição, se opôs ao Presidente da República de nomear, segundo a Carta Magna, qualquer dos seus auxiliares, transformou o episódio em uma crítica escandalosa, esquecendo-se da sua obrigação de respeitar, no regime presidencialista, o Chefe do Poder Executivo e o sigilo das respeitosas conversas ministeriais.

Também com o comportamento estranho e ilegal, influiu no STF, para que impedisse o Presidente de exercer a suas prerrogativas, e através do escandaloso apoio de um Ministro do Supremo Federal, que afronta o equilíbrio dos Poderes da República, promoveu decisão inconstitucional, ganhando assim um aliado político. Tal ocorrência, provocou um triste conflito institucional. Além disso, para nossa surpresa, um velho e conceituado ministro do Supremo, se alia a esses fatos, requerendo ainda, que fosse desvendado o sigilo do celular do Presidente da República, o que além de desrespeitoso, é uma invasão nas funções do Chefe de Estado.

Tais ocorrências que ferem a Constituição, revelam que o “coronavírus”, está envolvendo nossas instituições republicanas e atormentando gravemente a saúde democrática do país.

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