terça-feira, 8 de dezembro de 2020

ELEIÇÕES E JORNALISMO


As eleições são um momento em que as cidades se movimentam, se articulam e também vivem alguns conflitos naturais dessa época eleitoral. Porém, verifica-se que às vezes determinados meios de comunicação que se vinculam a um grupo político, passam a transmitir notícias facciosas; sejam através de mentiras, sejam através de deduções que não se ajustam à realidade. Geralmente, determinados tipos de notícias não são frutos do jornalismo propriamente dito, mas da influência do dinheiro dos jornais, da influência da compra dos jornalistas para que ajam de certa maneira. Isso se verifica em muitos lugares e, às vezes, fazem interpretações em desacordo com a história, com a evolução e com os próprios momentos históricos do referido município. Normalmente, as análises são muito superficiais e veem os candidatos dentro do contexto que lhes interessa, esquecendo dados históricos de longa data.

A UDN e o PSD, por exemplo, foram dois agrupamentos políticos de alta importância que tiveram vida bem expressiva de 1945/46 até 1964, quando a Revolução dessa época, por decisão dos governos militares, os extinguiu, tanto estes quanto os demais partidos, tendo em vista planos existentes do movimento revolucionário. Com isso, criou-se uma crise política muito séria que provocou certo enfraquecimento das organizações políticas, não só em nível federal, mas também em nível estadual e municipal. Todavia, determinados grupos políticos são antigos e trocam apenas de legendas, mas continuam firmes e atuantes dentro do município, com presença cinquentenária, muitas vezes até centenária, e que enfrentam o futuro, como também determinados tipos de críticas de certos jornais que são fruto do baixo facciosismo, vendido e comprado por elementos interessados em trazer a discórdia e, sobretudo, a mentira para o povo.

O jornalismo sério merece todos os aplausos, pois informa dados verdadeiros e desmente, com autenticidade, as tentativas de iludir o povo. As eleições representam hoje, como mostram nos jornais, que os agrupamentos locais passam a ter mais influência do que os agrupamentos partidários nacionais, pois estes enfraqueceram muito após a Revolução de 1964. Os municípios com grupos políticos de muita tradição, há anos disputam os pleitos, embora perdem às vezes e ganham em outras vezes, mas permanecem vivos e fortes para os embates no futuro. As eleições e o jornalismo constituem duas peças, que juntas reconstituem a expressão política e social da vontade popular.

Nenhum comentário: