quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Violência Partidária


A realidade política hoje existente no país contém momentos de alta significação com tendências ideológicas diversificadas e conflitos partidários, às vezes, inexplicáveis. Nos diversos estados brasileiros, os nomes dos candidatos a governador se multiplicam, obedecendo ao jogo dos grupos partidários.
O caso que merece ser visto na sua excepcionalidade e também desconhecido em nossa tradição, é o que ocorreu no Partido Social Liberal (PSL).

A Direção Nacional da agremiação de uma maneira violenta e pouco elegante invade a vida política dos mineiros e impede a presença do candidato Márcio Lacerda, na disputa para o governo do Estado.

Essa atitude ultra-centralizadora que atinge às lideranças mineiras desse partido, constitui fato único em nossa evolução política partidária e terá dificuldade a participação de lideranças estaduais na competição governamental do Estado.

Somos daqueles que julgam, não só irregular, mas sob o aspecto legal, duvidosa a decisão. Sendo o Brasil, uma Federação, as prerrogativas autonômicas do Estado Federado estão presentes em todos os seus órgãos políticos e encontram neles direitos básicos para o exercício da vida partidária.

Não creio que o estatuto da agremiação permite de uma maneira clara, esse tipo de intervenção, porque uma providência desse tipo só pode ser realizada com indiscutíveis competências estatutária para alcançar tais objetivos com fundamento, justificativas e interesse partidário e não pode ser uma manobra isolada e arbitrária.

O PSL está provocando um desconcerto político, que precisa ser combatido e se possível anulado, pois é um exemplo deprimente e perigoso para a vida partidária do país.

Infelizmente, atualmente, vivemos uma série de problemas e desafios da moral política.

E esse episódio provocado pelo PSL constitui uma demonstração negativa para o progresso político do nosso país.

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